27 September 2007

Fotografia e trabalho Photoshop "Teresa Goncalves"

E este tempo que conto, como
se arrasta ao longo deste dia
deixa-se tornar monotono
quando antecipo esta alegria

queria estar ai, onde me leva o pensamento,
nao poder mais perder um segundo vosso
ver-vos desabrochar, cabelos ao vento
e despertar dos interesses que conheco.




estou ai, quando me penso aqui.
estou la, ainda que fique por ca!



Do lado de ca, neste tempo, do lado de ca, neste lugar, do lado de ca, neste momento. O tempo que traz, que conto, sem que ele sequer se saiba contado. Conto o tempo que ja passou, o tempo que passa e quanto tempo falta, como se fosse possivel conta-lo, como se pudesse expecta-lo com se o tempo nao fosse diferente em cada contagem, para cada um que o conta. Corre rapido, corre lento, arrasta-se no meu estado, estado de espirito que conta o tempo ... como se pudesse faze-lo. Toca-me o tempo, toca-me o espaco, toca-me o momento. E quando a escrita nao sai, quando nao flui, quando a mao e os dedos se recusam a acompanhar este tempo, o tempo que leva a escrita a sobressair do papel onde se deixa, a cores, uns dias mais firme quase autoritaria, outros suave, redonda, unida, sem quebras nem hesitacoes, caligrafada, alinhada, rigorosa ... nestes dias o tempo, tem muito mais tempo, que o meu tempo tem . . . e aqui me deixo . . . !










22 September 2007

6 oboes in unison

Sem palavras Bach, Karajan, vozes, Oboes ..... Magnificat, para todos nos ...

Oboe d'amore

O Eterno e longo som do Oboe, o eterno belo da conjugacao voz/instrumento e dirigido por quem sentia profundamente a ligacao com os compositores.
Karajan . . .

20 September 2007

Pinturas

Fotografia "Antman" Por-do-Sol em Ibiza

Por vezes os espacos trocam-nos os passos, ou os nossos passos encontram outros espacos, onde pegadas se estendem, se entrelacam, caminham a par, reencontram e sem dor tocam os espacos de outros passos. Neste derramar de tintas deixadas quase ao acaso em folhas de papel doutros usos ja sem o destino antecipado, olho para a forma das letras que desenham palavras. Como gostaria de saber pintar tudo isto, deslizar pinceis onde as canetas cometem atritos, molhar de borrao aquilo que quero dizer sem o limite da letra, da regra da palavra, da semantica e formas gramaticais e poder, so mesmo poder ir para alem de, deixar ao acaso e aos outros os caminhos da escrita desenhada em pasteis, secos, oleos, aguarelas escritas a lapis que se deixam derreter e espandir ao contacto da agua, suaves nos temas e nuances ... quero saber que mundo e esse que tanto baila na minha cabeca, nas ideias e nas imagens que flutuam em mim, dentro de mim em bailes de escritas constantes.
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