16 March 2007

Recordações I (Vou escrever-te)

"Teia" Foto e trabalho de Photoshop de Teresa Gonçalves.


Por vezes consigo mesmo rebuscar os cheiros e o toque e isso é duro, tendo sempre como alternativa rir-me, de sorrir-te de lembranças de doces momentos. Tenho, como tu, dias mais despertos que outros, depois, ja são muitos, demasiados, os anos de decisões, escolhas, espaço a um. Isso faz-me mal só que, quando observo, já cá estou! Este escrever não é o que te falei, esse é mais longo, mais de alma. Gosto de escrever com sabor de deslizar e quando as palavras escorrem sem pensar nelas, quando a alma se abre. Hoje em dia não o faço com ninguém, excepto contigo numa ocasião e aquela que tem andado na minha ideia. Há-de encontrar-se com este teclado e daí .....

Vou escrever-te, mas com tempo a escorregar, porque se me toco, digo tudo quanto te teria dito se, me tivesses deixado sentir para dizer, ou a minha boca não tivesse ficado seca com receio do rio de palavras que poderia seguir-se. Do teu corpo, do meu, e deste fascínio que me deita sempre na tua sala, mesmo sem música.

.... bailas de quando em vez na tua sala dentro da minha cabeça, com o sol incluído, estranhos estes encontros desencontrados com ageizados de defesas e armaduras de ataque, mas tu, deixas-me sempre um sabor a pouco .... a mais querer de querer e desapareces tal como chegaste e eu, que já não sinto segurança, ainda mais abano.


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4 comments:

Anonymous said...

Vai livre e voa
o passaro que não sabe mais cantar
lá de cima observa, planando sobre o silencio

isabel mendes ferreira said...

profundamente Teia!



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excelente tear...


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bjo.

Anonymous said...

Whenever we think we have found something, we become slightly unnerved. How long will it be before we find out it was not quite what we were wanting?

Maria José Tavares said...

Lindo o que disse a Marmanja. Sem pio.