20 May 2007
Aquilo que não DIZEM
17 May 2007
A Manifestação de hoje

"José António Barreiros"
De mim

Quando vos olho daqui, onde mesmo de dia ainda faz frio , sinto-me a escorregar para aí, onde faz calor, mesmo quando o tempo não está quente! Porque vocês, aquecem a parte mais importante de mim. Obrigado por terem vindo, por fazerem parte da minha vida e por me terem escolhido para fazer parte da vossa.
Porque quando o dia está menos bom, a recordação dos nossos momentos coloca um sorriso nos meus lábios, porque quando está a chover como agora, a recordação dos vossos sorrisos devolve a luz ao meu dia, porqu quando a noite cai, a recordação do vosso carinho enche o meu céu de estrelas, porque quando penso na viagem ainda por realizar, a recordação dos nossos reencontros antecipa a felicidade, porque quando penso no meu caminho, a certeza de vos ter justifica tudo o resto.
Por tudo e por nada, pelos porques e os porquês, por aquilo que imagino ser e por aquilo que nos imagino ser, por aquilo que nos imagino podermos vir a ser, por tudo aquilo que não imagino mas que viremos a ser, por ti, por ti e por mim, por nós.
Sempre ...
.
14 May 2007
Perspectivas ?

Se ti affacciasse per la prima volta a la vita, da quale finestra vorresti guardare?
“Campanha Pub Italiana”
Foi quase por acsao, se é que existe acaso, que me cruzei com esta frase. De repente deixei de me conseguir concentrar na minha tarefa urgente por ter ficado suspenso nesta pergunta. Anda nem consegui posicionar-me, quanto mais saber se e que escolha faria!
13 May 2007
Sussurros
deixas que o arrepio se perca na carícia
do beijo intenso e ao leve do toque
com que os dedos percorrem a pele
e reclamam o caminho das sensações
Percorres lugares desconhecidos e
incontáveis, que se anunciam à tua
passagem e se te entregam, dados,
despojados, vencidos pelo prazer
mudos, gritanto por mais e mais.
Desperto desta quase incosnciência
onde só o sentir tem sentido e lugar,
ajeitando-me a ti, aos caminhos que
adivinho mas, que não virão a ser,
antes desenhados pela surpresa.
Arrepios renovados nos sussurros
vertidos, dizem palavras distantes
e tão próximas, falam de lugares,
promessas e perdições, de sonho
e sentidos nunca antes pensados
... gravados nos corpos ao prolongar do sentir!
10 May 2007
De tarde
fim de tarde, suportada por
verdes, despede-se do inverno
como se o quisesse conservar,
mas os raios de sol nao desistem
aparecem como coberturas de
calor e ternura, agasalhando,
envolvendo, indiferentes,
certos de que aquilo que
trazem, vem para ficar,
como se o inverno não
_____________regressasse.
06 May 2007
De Espaços
Universo fascinante

A Galaxia do SOMBRERO, que fascina quantas vezes olharmos para ela. A explicação, também ela fantástica, aqui no APOD
28 April 2007
Gliese 581

27 April 2007
-Onde estavas no 25 de Abril? Perguntou-me um dos meus filhos.
-E também foste para a rua e puseste cravos nas armas?
Não filho, não fui para a rua pelas razões que viste na televisão. Aliás, o meu mundo nessa altura estava bem distante, em todos os aspectos.
Tinha saído de casa para o Liceu Nacional Salazar na minha Mini Yamaha azul, bem cedo como se usa em África. As aulas deveriam acabar antes da hora em que o calor aperta realmente. Banguei até aos madiés que estavam à minha espera. Companhia de aventuras mil em terra sem televisão, terra de inventar e de soluções encontradas das formas mais originais.
Aí disseram:
-Sabes que estão a rebentar um golpe de estado lá no "puto"?
-Ué! Golpe de estado? Q'éssa coisa? Tás a dizer quê?
-Revolução, ué!
-Revoluquê??. Tás a gozar, meu!
-Sério, a tropa e quê, tão lá a atirar nos Tugas!
Bazei a dar-lhe gás até casa, para dar a novidade ao cota. E que novidade! Ligou a onda curta, que habitualmente me martirizava os domingos à tarde, com os relatos do Sporting, como se o Recreativo do Uíge não chegasse, nesta terra de 16.000 habitantes e de fronteira com a floresta virgem. No meio do ruído das ondulatórias (hoje sei isto) tentou perceber o que se passava. Ligou aos amigos e outros conhecidos recebeu inúmeros telefonemas (imagino a operadora do PBX da cidade louca a cravar cavilhas, a tentar escutar as conversas e manter-se a par da vida pessoal de cada um e de todos) e daí seguiu-se o dia quase normal, excepto o facto de as notícias e os telefones ocuparem a quase totalidade dos tempos livres.
- Aprendi nesse dia várias palavras novas, meu filho! Eu que sempre adorei palavras novas, introduzi, no meu vocabulário, pelo menos estas, tiradas dos diálogos que a custo ia entendendo e tentando perceber. Para mim, ainda não iriam ter um significado lógico e de porquês. Isso iria acontecer mais tarde. Revolução, Golpe de Estado e Independência.
Muitos cotas repetiam estas palavras, a rádio falava de governantes presos, gente na rua batia palmas a algumas notícias, outros pareciam preocupados. Mas nesse dia, pouco ou nada mudou nesta cidade pasmaceirenta que era o meu mundo 10 meses de cada ano.
Visitei a minha paixão, a garina com quem não tinha sequer trocado um beijo, mas que me alimentou a imaginação e o desejo pelo menos dois anos (nunca ganhei coragem para lhe dizer o quanto a queria ...). Aí sim, senti uma energia de alegria enorme, incontida. Percebi que nessa casa as pessoas estavam à espera deste dia, anciosos. Que mesmo ainda a medo, falavam de coisas novas que nunca, em dois anos anteriores, nos meio de jogos de canasta e crapôs, de convívio divertido, eu sequer teria imaginado. Percebi que existiam "os outros", pessoas que pensavam coisas que para mim não existiam até então. Percebi que o meu sentir de Angolano poderia ser mesmo, e que Angola poderia tornar-se aquilo que muitos chamavam nesse dia, a palavra que acabava de aprender, Independente, o que quer que isso sigificasse. Só sabia que não seríamos mais Portugueses mas sim, Angolanos, aquilo que sempre fui. Lá no "puto" era outra coisa, seria com "eles", mas que «muita coisa vai mudar, sem dúvida» era confirmado a cada passo e a cada conversa adicionada, escutada com atenção redobrada, razão da curiosidade por novas palavras e por novidades. Não entendi nada nesse dia. Quando tudo parecia claro, eis que uma nova conversa alterava tudo. O meu pai estava feliz:
-Finalmente, finalmente!
Foi assim nesse dia, sem "saídas para a rua" nem "pôr cravos nas armas". O meu mundo estava a 8.000Kms de distância e mesmo assim, iria alterar-se completamente nos tempos que se seguiriam.
Sempre te disse que sou "preto", que nasci "preto". Ainda hoje, tempos passados e experiências volvidas, ininterruptas, diferentes, em vários cantos de diversos continentes, tenho o meu coração ancorado lá, onde sempre me senti, me sinto em casa, cada vez que retorno, cada vez que o avião se inunda dos cheiros e sensações tão familiares, tão naturais, tão de mim, cada vez que a porta se abre, especialmente nas madrugadas, depois da chuva que molhou a terra vermelha e esta nos entrega o melhor de si, o cheiro, o eterno cheiro de terra quente molhada!
Continuarei a contar-te, sempre que queiras, sempre que os nossos serões possam ser partilhados, inundados de histórias e contos, uns felizes, outros nem tanto, mas concerteza da minha vivência e experiência, sempre com emoção e talvez, no intervalo dos teus programas de televisão, dos jogos na PS2 e do skate. O que seria o meu carro de rolamentos, construído carinhosamente por mim, assento estofado, corda quase inquebrável, rolamentos usados retirados da oficina mais proxima, arco do eixo da frente aproveitado das tabuas das barricas de vinho vindas do "puto", comparados com tanta tecnologia que actualmente tens à tua disposição? Mas compreende, ou pelo menos tenta, eu construía os meus próprios brinquedos, envolvia-me e interessava-me pelos meus projectos e ideias.
O 25 de Abril tem a ver com envolver-mo-nos, com interessar-mo-nos pelos nossos próprios projectos, saber partilhar ideias de forma construtiva.
Pena que todos nos tenhamos esquecido disso! Pena, não participarmos! Pena, não nos envolvermos! Hoje, à distância que o tempo permite, seria esse o maior benefício do 25 de Abril.
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30 March 2007
Cordeiro de Deus - como Todos, sem excepção somos átomos de, parte integrante, pertença de Um Todo que nos une, que nos dá a identidade de Ser. Que nos mostra que devemos antes de mais, respeitar-mo-nos, aceitar-mo-nos. Tudo seria tão mais simples .... Deus, Mozart, Karajan, eu, tu, não seremos todos Eu?
26 March 2007
Times are achanging
Mudar, relocate, adaptar, integrate
De tempos a tempos, ciclos fecham-se para que outros se abram, fechamo-nos nuns impedimos os novos,nem sempre de forma fácil, nem sempre de forma indolor, mas se aceitarmos e permitirmos, mais cedo ou mais tarde percebemos as razões que pediram que se fechassem uns para outros se abram e decorram. Não me quero arrastar em ciclos , mas sim vivê-los. Não quero observá-los só, quero participar neles, entendê-los, senti-los, até porque são mesmo ... meus.
Dzien Dobry, ou como quem diz, Bom Dia.
16 March 2007
Recordações I (Vou escrever-te)

Vou escrever-te, mas com tempo a escorregar, porque se me toco, digo tudo quanto te teria dito se, me tivesses deixado sentir para dizer, ou a minha boca não tivesse ficado seca com receio do rio de palavras que poderia seguir-se. Do teu corpo, do meu, e deste fascínio que me deita sempre na tua sala, mesmo sem música.
.... bailas de quando em vez na tua sala dentro da minha cabeça, com o sol incluído, estranhos estes encontros desencontrados com ageizados de defesas e armaduras de ataque, mas tu, deixas-me sempre um sabor a pouco .... a mais querer de querer e desapareces tal como chegaste e eu, que já não sinto segurança, ainda mais abano.
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14 March 2007
Recordações

De tempos a tempos ocorres-me, ficas suspensa na minha imaginação, trago de volta as memorias, brinco com elas e contigo . . .
.
... estas coisas tão pequeninas ...

13 March 2007
12 March 2007
Primavera
estendo o tempo e os gestos
deito momentos lânguidos
nas nuvens que passam.
Deslizo inspirares profundos
sentindo o meu espaço
preencher-se de tons matinais
concedendo brilhos que
a brisa transporta levando
a minha voz sussurrada.
Escuto cantares esvoaçantes
desenhando no ar movimentos
ondeantes de apelos da natureza
de chamamentos de primavera
impostos, nesta estação de
pinceladas coloridas em pétalas.
A água desliza suave, ocupando
espaços de margens partilhadas
nos dias que correm longos, cálidos
e convidam a saborear momentos.
"MC"
07 March 2007
Instantes cruciais
trouxe-o à escrita, ao correr dos dedos
senti-o e acima de tudo, ouvi-o
no final ... no final .... !!!!
a ligação foi abaixo e perdi-o.
:0))))
04 March 2007
E foi assim

03 March 2007
E acontece hoje, esta noite!

As always in these polar regions, the sun hangs low, barely above the craggy lunar horizon. You adjust your visor. It amazes you how bright a low sun can be when there's no atmosphere to dim it.
Suddenly, the lights go out.
Up in the sky, a big black disk covers the sun. A red "ring of fire" appears where the sun was only moments before, and its glow turns the ground red beneath your feet.
You've been waiting for this. It's an eclipse.
Right: On the moon, the ground turns red during a lunar eclipse. This photo was taken by Doug Murray of Palm Beach Gardens, Florida, during the total lunar eclipse of Oct. 27, 2004. [More]
Astronauts on the moon are going to experience eclipses typically once or twice a year: Earth glides in front of the sun turning lunar day into a strange kind of ruddy night. It'll be one of the highlights of any lunar tour.
The charm of the eclipse comes from Earth. Our planet is big enough by a factor of three to block the entire sun but, curiously, this doesn't cause complete darkness. Rays of sunlight bend around the edge of Earth, filtering through the atmosphere. As seen from the moon, the edge of Earth lights up like a sunset-red ring of fire—one of the most beautiful sights in the solar system. (A simplified, 1.2 MB animation of the process may be seen here. Credit: Graphic artist Larry Koehn.)
Can't wait until 2025? The next eclipse is right around the corner: Saturday, March 3, 2007. Stuck on Earth, we can't see the ring of fire, but we can see the red glow it produces on the moon. The phenomenon will be visible from parts of all seven continents including the eastern half of North America.
Above: A visibility map of the March 3, 2007, total lunar eclipse. Credit: Fred Espenak, NASA/GSFC. [More]
In the USA, the eclipse will already be underway when the moon rises on Saturday evening. Observing tip: Find a place with a clear view of the eastern horizon and station yourself there at sunset. As the sun goes down behind you, a red moon will rise before your eyes.
Rising moons are often reddened by clouds or pollution, but this moon will be the deep, extraordinary red only seen during a lunar eclipse. As you watch it ascend into the night, imagine what it would be like to stand by Shackleton Crater watching from the opposite direction.
It's not so far-fetched. NASA plans to return astronauts to the moon no later than 2020. From their polar base camp, humans will explore the countryside hunting for resources they can use to "live off the land." They'll study the moon's geology, learning more about the unique potential of the moon to reveal ancient secrets of Earth and the solar system. They'll also evaluate technologies needed for future missions to Mars.
And occasionally when the ground turns red, they'll pause and look up at a glowing ring in the sky.
March 3rd is a good night to imagine that.
02 March 2007
27 February 2007
Praia
em esperança de calmarias
Banho-me no azul das tuas águas
em transparências de verdes
Passo corais de vida e cor
em registos de ternuras
tocado ao de leve pela espuma
em rebentações na minha praia.
"MC"
22 February 2007
Sombras deslumbradas
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19 February 2007
Acordares

As gotículas de chuva acariciam-me a face
acordam-me para o momento
que vivo, que percorro, relembram-me
que aquilo que me trouxe, já era, que
agora de novo sou, fui e virei a ser aquilo
que virei a ter sido, pela força do momento
que será, é, foi. Somos sonhos do passado
que quisémos para futuro que viria a ser
. . . mas que já foi.
a face, dizem-me para viver esse momento,
sem sonhos expectantes, sem reivindicar
o passado . . . agora!
"MC"
15 February 2007
Viagem
14 February 2007
Karajan - Beethoven Symphony No. 4 in B Flat Major, Op. 60
Fale-se de emoção e precisão, de intuição e comunicação, impossível ficar indiferente a este fantastico meu interprete de sempre, Karajan.
08 February 2007
06 February 2007
Andrea Scholl at the BBC Last Night of the Proms
quando nos acabam com a maior festa da música sem razões compreensíveis, como o foram o fim do Ballet Gulbenkian, como o tentam actualmente com a CNB e o Teatro Nacional de S.Carlos, nem o continuado sucesso das Festas da Música em Nantes demovem as festas menores de vaidades e egos mesquinhamente sobredimensionados. Aqui fica um exemplo duma Grande Festa. Oiça-se e veja-se O Grande Andreas Scholl que humildemente nos entrega a sua Grandeza ... em FESTA.