17 November 2006

O Nome do Abrupto

«VAI NOME


O nome do Abrupto será um dos que irão num chip na sonda espacial Dawn em direcção aos asteróides, com partida marcada em Junho 2007. Boa viagem, nome. » "JPP in Abrupto"

Fico feliz porque, por cá, continua o Abrupto, que me habituei a ler diáriamente, que deixa a sua marca, que nos faz pensar e querer ler e ouvir também a Quadratura do Círculo. Hoje digiro a questão de "AS MINHAS RAZÕES PRÓ-AMERICANAS". Esta está a custar-me, porque existem muito mais razões do que as apontadas. Como sempre, JPP é exímio e inteligentíssimo na análise aos porquês e os quês, na forma envolvente como coloca as questões, tão contundente nos argumentos que, quase anula a "oposição". No entanto, nesta questão em particular, quando se fala das eleições nos EUA e se conclui a razão da grande derrota dos Republicanos, foi sómente a guerra hipócrita no Iraque, eu gostaria de crer que, também, se pode tratar de Americanos que começam a perceber e a entender que todas as atitudes posteriores ao 9/11, não foram decididas em função da "defesa da Nação" e segurança territorial americana. Existem por certo, sobejamente demonstradas, razões mesquinhas, egoístas e egocentristas, próprias da miopia e ambições pessoais de todo o grupo que, infelizmente, tem em mão, a maior e mais poderosa nação deste Planeta. Irresponsabilidade, decisões infantis, lógicas primárias, auto-contentamento indisfarçável, "feliz" e surpreendido com as suas próprias conclusões. A verdade é que o radicalismo Islâmico cresceu exponencialmente, repito exponencialmente, sem qualquer esforço de recrutamento, porque são aos milhares os voluntários que querem lutar contra o infiel. Os erros foram e são cometidos diáriamente, com escolhas erradas, mentiras descaradas, tal o desespero em que se encontram as autoridades americanas, com distorções criminosas do dia a dia no Iraque e Afeganistão. As decisões foram dele, as consequências ficarão e perdurarão por muitos anos, incontroláveis, incontornáveis, sem qualquer vislumbre de solução ou sequer hipótese a curto-prazo. As consequências são e serão de todos nós, sem excepção. O verdadeiro "monstro" da dimensão actual, foi criado por um outro monstro, sem escrúpulos, sem visão, sem sentido, a administração americana, por uma mão cheia de indivíduos ávidos de poder e dinheiro que me recuso a nomear. O déficit e a dívida externa dos EUA, está em boa parte, nos bolsos de alguns cidadãos americanos, que conduziram da melhor forma toda esta situação em seu benefício. Se Deus quiser, ainda enquanto eu viver, terei oportunidade de vê-los terem que prestar contas pelas suas acções e opções. Não acredito, ao contrário de JPP, que só a força e o medo da força sejam a solução. A força e o medo gerado por esta como factor dissuasor, sim. O efeito de crescendo que continuará a existir pela sua aplicação, desenvolverá a escalada de violência a todo o planeta. A única solução está em colaborar, trabalhar com os moderados Islâmicos, trabalhar em acções que beneficiem o"outro" mundo, aquele que desespera pelos nossos excedentes, aquele que morre sistematicamente por falta do que atiramos ao lixo, preocupação pelos outros, compaixão, conquistar pelo lado positivo algo que este mundo a duas velocidades criou, o olhar pedinte misturado com o desespero do ciclo de miséria. Isto evidentemente, depois de os Democratas Americanos, sim, já esses, inventarem a formula mágica que os fará sair do Iraque e do Afeganistão, e ainda contando que, a actual administração não continue a multiplicar os erros graves, as mentiras e a demagogia barata com que nos quer convencer a todos. A ONU, deveria, de vez, assumir as suas funções e papel regulador no mundo, sendo que, para isso cada país terá que dar um enorme esforço e contributo. Os 30 milhões de americanos que vivem abaixo do limiar da pobreza, por lá continuam a arrastar-se nos ciclos das senhas de produtos de super-mercado e das drogas, os nossos 200 mil, continuam a desesperar sem perspectivas de curto ou médio prazo ...... mas também desejo Boa Viagem à Dawn e ao Nome do Abrupto que segue a bordo.

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