Se eu soubesse escrever
Se eu soubesse escrever, pintaria
de cores as palavras. Traços
suaves do teu andar, flutuante em
formas de espaço. Quase éter,
tocando suavemente o ar, desculpando-se.
Se eu soubesse escrever, pintaria
de laranja a tua intensidade.
Desenharia os teus gestos prolongados,
marcantes, ternos, definidos
em palavras que só eu entenderia.
E na palette dos violetas e ocres, o teu
corpo deitado, sedento, sedoso. No branco
estendido, pedindo, reclamando,
dobrando-se, cedendo ao peso, à luxúria,
à partilha do toque, à pele, à penetração.
Se eu soubesse escrever, pintaria
de mar os teus olhos, de encontro
aos meus. Pintaria de luz o teu sorriso brando,
seguro de quem realmente está,
de quem faz parte, de quem é parte.
Se eu soubesse escrever, pintaria
o rosto desse sorriso de arco-iris, que
me transforma mal aparece, num abraço
que me envolve, aconchega, e
se prolonga em memórias que perduram.
Se eu soubesse escrever, pintaria
os teus lábios da cor a que dão vida,
sussurrantes de gestos, inaudíveis,
murmurios transbordantes de sensualidade,
entregas de prazer, momentos de agora.
Se eu soubesse escrever, pintaria
tudo de ti, num movimento
de cor estonteante.
"MC"
Se eu soubesse escrever, pintaria
de cores as palavras. Traços
suaves do teu andar, flutuante em
formas de espaço. Quase éter,
tocando suavemente o ar, desculpando-se.
Se eu soubesse escrever, pintaria
de laranja a tua intensidade.
Desenharia os teus gestos prolongados,
marcantes, ternos, definidos
em palavras que só eu entenderia.
E na palette dos violetas e ocres, o teu
corpo deitado, sedento, sedoso. No branco
estendido, pedindo, reclamando,
dobrando-se, cedendo ao peso, à luxúria,
à partilha do toque, à pele, à penetração.
Se eu soubesse escrever, pintaria
de mar os teus olhos, de encontro
aos meus. Pintaria de luz o teu sorriso brando,
seguro de quem realmente está,
de quem faz parte, de quem é parte.
Se eu soubesse escrever, pintaria
o rosto desse sorriso de arco-iris, que
me transforma mal aparece, num abraço
que me envolve, aconchega, e
se prolonga em memórias que perduram.
Se eu soubesse escrever, pintaria
os teus lábios da cor a que dão vida,
sussurrantes de gestos, inaudíveis,
murmurios transbordantes de sensualidade,
entregas de prazer, momentos de agora.
Se eu soubesse escrever, pintaria
tudo de ti, num movimento
de cor estonteante.
"MC"
5 comments:
Se eu soubesse pintar, escreveria o teu corpo a caneta de tinta permanente e letra de caligrafia. Desenharia devagar ao arrepio da tua pele, com todas as letras, virgulas, pontos e acentos, que te penso e te desejo que te quero meu e me quero tua e te quero em mim.
Bonitos acentos, interrogções e incertezas. Mas acima de tudo, toca-nos esta profundidade capaz de nos mover para a escrita destituida de sentido para uma direcçao que não se quer incerta.
Alcançaram a maior beleza do nosso Ser que alcança a alma. Parabens aos dois. Lourenço Almada
Se eu soubesse ler, leria uma escrita de alguem sensivel. Se eu soubesse decifrar, decifraria a estoria de amores dificeis. Se eu soubesse criar, criaria um final bonito para esta estoria. Mas...nao sei ler, nem decifrar e não posso criar. Apenas posso deleitar-me com algo tão belo, q qualquer Ser gostaria de ter, como uma perola na concha de Deus...
... e uma lágrima desliza,não de tristeza, antes de fé ... porque acredita!
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